1.
Criança com 4 anos vem a consulta por otalgia com cerca de 24 horas de evolução. Temperatura timpânica de 37.8ºC . Bom estado geral. Ao exame objetivo apresenta otite média aguda, sem perfuração. Sem história prévia de otite. Qual a orientação?
2.
Criança de 7 anos vive com a mãe, o irmão e os avós maternos e um primo. Pretende avaliar a perceção que a criança tem da sua família. Que método de abordagem familiar optava por utilizar?
3.
Jovem de 26 anos, sexo feminino, recorre hoje à sua consulta aberta com dor na fossa ilíaca esquerda de início súbito, constante, com irradiação para virilha, em moedeira, de intensidade 8 em 10, com um dia de evolução. Sem febre. Refere interlúnios regulares tendo tido o último cataménio há 3 semanas. Refere também náusea e vómitos associados. Murphy renal é negativo bilateralmente. Qual a hipótese de diagnóstico mais provável?
4.
Utente, sexo masculino, 78 anos, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta aberto por dor abdominal no flanco e na fossa ilíaca esquerdos que iniciou há 3 dias. Caracteriza a dor como constante e intensa (7/10). Refere também diminuição do apetite, náusea e ausência de trânsito intestinal desde há 3 dias. Ontem fez pico febril ao fim do dia, tendo melhorado sob paracetamol. Nega outros sintomas. Ao exame objetivo destaca-se dor à palpação superficial e profunda da fossa ilíaca esquerda, esboçando ligeira reacção de defesa, mas sem dor à descompressão ou massas palpáveis. Qual é o diagnóstico mais provável?
5.
Utente, sexo feminino, 58 anos, diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia. Divorciada, sem filhos. Reside e é a cuidadora informal da sua mãe, 83 anos, com diagnóstico de demência e dependente para as atividades da vida diária. Vem a consulta de vigilância de diabetes. Em consulta apresenta sintomas de depressão, cuja avaliação sugere estar perante exaustão do cuidador. A utente gostava de poder colocar a mãe em alguma instituição durante um ou dois meses para poder descansar e ter algum tempo para si. Qual das seguintes opções de referenciação é adequada para esta utente?
6.
Utente, sexo masculino, 42 anos, não frequentador da USF. Última consulta médica há 5 anos. Na sua lista de problemas ativos consta: obesidade, abuso do tabaco, síndrome da coluna sem irradiação e distúrbio de ansiedade/estado de ansiedade. No registo de medicação, verifica que tem algumas prescrições esporádicas de victan 2 mg para fazer em SOS. O utente solicitou no secretariado uma consulta de rotina indicando como motivo: preocupação com o seu estado de saúde. Dado que o utente não vinha à USF há 5 anos, agendou uma consulta no espaço de 2 semanas. Na consulta aproveita para atualizar a ficha individual do utente. Atualmente com IMC 32 kg/m2, fumador 20 UMA, 15 cigarros/dia. Pressão arterial 132/76 mmHg, frequência cardíaca 67 bpm. Risco de diabetes: baixo. Sem hábitos etílicos. Ao perguntar o motivo da consulta o utente refere: "Doutor, um amigo meu, que também é seu utente, disse-me que veio à sua consulta há 3 semanas e que o Doutor lhe passou uma colonoscopia. Explicou-lhe que era importante fazer porque o pai desse meu amigo tinha tido diagnóstico de cancro do intestino aos 52 anos. Ora, esse meu amigo é da minha idade e eu também tenho história familiar de cancro. O meu avô paterno, já falecido, teve cancro do intestino aos 58 anos e a minha avó materna também teve cancro do intestino que foi diagnosticado por volta dos 70 anos de idade. Assim, venho-lhe pedir para também fazer uma colonoscopia". Como orientar este utente?
7.
Encontra-se a iniciar turno no Serviço de Urgência. Na passagem de turno o colega refere ter começado a observar um jovem de 18 anos, sexo masculino, que chegou à urgência há 30 minutos por quadro súbito de dispneia e toracalgia à direita com características pleuríticas. O colega refere também que à admissão se encontra apirético, taquipneico e que saturava em ar ambiente a 95%. Quando lhe pergunta a localização do utente, o colega refere que se encontra a fazer um raio-x do tórax. Decide então aguardar a imagem do raio-x do tórax que entretanto fica disponível. Como interpreta o raio-x (imagem anexa)?
8.
Qual dos seguintes aspetos não contribuem para o sucesso de um programa de rastreio de uma determinada doença?
9.
Utente, sexo feminino, 65 anos, IMC 29 kg/m2, fumadora 15 UMA, atualmente consome 10 cigarros por dia. Antecedentes de hipertensão arterial e perturbação depressiva, medicada com Azilsartan medoxomilo + Clorotalidona 40+25 mg e sertralina 50 mg. A utente vem a consulta mostrar resultados de osteodensitometria e estudo analítico pedido em contexto lombalgia ligeira, mas que surge em episódios recorrentes desde há 2 anos. Apresenta densitometria com valor T-score -3 no fémur. Do estudo analítico realça-se hemoglobina = 13 g/dl; leucocitos = 8.350/mm³; plaquetas = 180.000/mm³; glicemia = 96 mg/dl; creatinina = 1,0 mg/dl; proteína total = 7,0 g/dl; albumina = 4,2 g/dl; cálcio = 12,5 mg/dl (aumentado); fósforo = 2 mg/dl (diminuído); fosfatase alcalina = 800 U/L (aumentado); sódio = 140 mEq/L; potássio = 4,0 mEq/L; cloro = 112 mEq/L; pH = 7,35 e bicarbonato = 18 mEq/L (diminuído). Qual o diagnóstico que pondera?
10.
Utente, sexo feminino, 55 anos, com artrite reumatóide, controlada sob corticoterapia oral desde o diagnóstico. Vem à consulta por perceção da diminuição da acuidade visual ao longe e visão desfocada que lhe dificultam a condução noturna. Qual é o diagnóstico mais provável?
11.
Qual é o tempo máximo para dar resposta a um pedido de medicação crónica?
12.
Utente, sexo masculino, 60 anos, com diabetes mellitus, dislipidemia e hipertensão arterial. Vem a consulta porque apresenta dificuldade em realizar extensão completa do 4º dedo da mão direita (ver imagem anexa). Ao exame objetivo apresenta um nódulo duro e fixo junto à articulação metacarpofalângica do quarto dedo da mão direita. Qual é o diagnóstico mais provável?
13.
Jovem, sexo masculino, 18 anos, estudante, sem antecedentes de relevo, pratica natação. Refere aparecimento de lesões vesiculares nas faces laterais dos dedos das mãos e da região palmar com evolução de 3 semanas. Caracteriza as lesões como pruriginosas com evolução para descamação deixando a pele fina e fissurada (ver imagem anexa). Já teve episódios semelhantes prévios, embora menos incomodativos. Qual é o diagnóstico mais provável?
14.
Utente sexo feminino, 29 anos, O Rh negativo, é seguida na sua consulta por Gravidez de baixo risco (G1PO). O pai biológico da criança é O Rh positivo. Teve episódio de ameaça de aborto por hemorragia às 14 semanas, sendo para o efeito administrado imunoglobulina anti-D. Neste momento encontra-se com 20 semanas de gestação. Qual das alternativas é a recomendada para a administração de nova dose de imunoglobulina anti-D?
15.
Utente, 78 anos, tem diagnóstico recente de anemia por défice de vitamina B12. Da sua medicação crónica consta a associação de metformina com dapagliflozina, ramipril, atorvastatina, alprazolam e, em SOS, naproxeno 500 mg. Qual destes medicamentos tem maior probabilidade de estar relacionado com esta anemia?
16.
Um dos sintomas negativos de esquizofrenia é a alogia. Como se manifesta?
17.
Utente, sexo masculino, 70 anos, com antecedentes de HTA, dislipidemia e DM2, encontra-se na sala de espera da Unidade de Saúde. Chamam-no do consultório porque o utente sente uma dor no peito com irradiação para a mandíbula que iniciou quando se encontrava sentado a aguardar a consulta. Ao observar o utente, verifica que se encontra hipersudorético, pálido e ansioso. O utente refere que tomou um comprimido sublingual há 5 minutos mas que, desta vez, a dor não está a passar. Coloca o utente em gabinete calmo, providencia um acesso venoso periférico e administra dose de carga de AAS e ativa o CODU. O utente apresenta TA de 123/73. Pondera fazer nova dose de nitroglicerina. Qual a atitude a ter?
18.
Utente, sexo feminino, 54 anos, temunha de Jeová. Tem indicação para realizar histerectomia mas tem dúvidas em relação ao ato cirúrgico, nomeadamente ao facto de ter de realizar transfusão sanguínea. Vem a consulta pedir esclarecimento sobre a cirurgia. Como orientar esta utente?
19.
Utente, sexo feminino, 24 anos, G0P0, IMC 30 kg/m2. Vem a consulta por apresentar irregularidade menstrual de longa data. Ao exame objetivo é visivel um acne facial, que de acordo com a informação da utente não respondeu a tentativas de tratamento tópico. Verifica também excesso de pelo nas pernas e braços e perda de cabelo, mais acentuada nas témporas. Traz estudo analítico onde se destaca colesterol total 240 mg/dL, TSH 4.1 mU/L e PTGO com glicemia em jejum de 105 mg/dL e às 2 horas de 145 mg/dL. Qual é o diagnóstico mais provável?
20.
Utente, sexo masculino, 62 anos, com diabetes com 6 anos de evolução e dislipidemia. Vem a consulta com queixa de dor e encurvamento do pénis que ocorre durante a erecção. Refere que os sinais/sintomas persistem desde há 6 meses. Qual o diagnóstico mais provável?
21.
Utente, sexo feminino, 66 anos, apresenta patologia cardíaca com indicação para referência à Cardiologia. Para que unidade hospitalar deve ser referenciada?
22.
Qual o intervalo na idade gestacional em que se deve administrar a vacina contra a tosse convulsa na grávida?
23.
Utente, sexo masculino, 65 anos, IMC 35 kg/m2, queixas de gonalgia e tumefacção da articulação do joelho direito desde há alguns meses. Pede um raio-x ao joelho em carga que revela redução heterogénea de espaço articular, esclerose subcondral, geodes, quistos subcondrais e osteófitos. Qual o diagnóstico mais provável?
24.
Qual é o objetivo da prevenção terciária?
25.
Utente, sexo masculino, 63 anos, sem antecedentes de relevo vem a consulta mostrar análises pedidas na última consulta. Destaca-se um valor de glicemia em jejum alterado: 204 mg/dl. Como orientar o utente?