Granuloma anular
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- Local. Pés
- Lesão eritematosa? Lesão não eritematosa
- Tempo de evolução. Crónico: superior a 2 semanas
- Tipo de lesão. Levantada: pápula, placa ou nódulo
- Textura da superfície. Normal/lisa
- Tipo de bordos. Acentuado/com relevo
- Cor. Cor da pele: sem alteração de cor
- Distribuição das lesões. Lesão discreta/isolada: 1 a 5 lesões
- Sintomas associados.
- Informação complementar.
Informação sumária
- Doença benigna, habitualmente autolimitada e assintomática.
- Compreende um espectro de doença que se pode manifestar através de diferentes variantes clínicas:
- Localizado (mais comum, 75% casos):
- apresenta-se sob a forma de placa de cor semelhante à pele ou eritematosa, forma anular/ovalada, centro vazio e bordos levantados.
- pode atingir diâmetro até 5 cm.
- geralmente é localizada num local do corpo, mas pode ocorrer disseminada em 15% dos casos.
- ocorre sobretudo nas extremidades (face dorsal dos pés e mãos).
- regride espontaneamente, podendo permanecer desde alguns meses até 2 anos.
- mais comum no género feminino (2:1), idade jovem.
- Generalizado: lesões pápulo-eritematosas, anulares, com bordos elevados e atrofia central, podendo associar-se ou não a prurido. Lesões várias dispersas sobretudo ao nível do tronco e membros superiores.
- Subcutâneo: surge preferencialmente em crianças manifestando-se como nódulos nos membros, mimetizando os nódulos reumatóides (artrite reumatóide).
- Perfurante (raro): pode ocorrer sob forma localizada ou disseminada. Manifesta-se sob a forma de pápulas umbilicadas com 1 a 4 mm de diâmetro com crosta/ulcera/pústula central.
- Localizado (mais comum, 75% casos):
Diagnóstico diferencial
- Tinea corporis
- Líquen plano anular
- Eczema numular
- Pitiríase rósea
- Sarcoidose cutânea
- Granuloma actínico
- Dermatite granulomatosa intersticial
- Sífilis nodular terciária
- Sífilis secundária
- Eritema migrans (doença de Lyme)
Tratamento e Orientação
- O granuloma anular localizado é autolimitado e assintomático pelo que pode não ser necessário tratamento.
- Em casos sintomáticos, ou por motivos cosméticos, pode-se optar por terapêutica tópica ou intralesional com corticoide:
- Injeção intralesional no bordo elevado da lesão com acetonido de triancinolona em concentrações de 2,5 a 10 mg/mL.
- Clobetasol 0.05% diário com penso oclusivo durante 2 a 4 semanas, após as quais se avalia a resposta.
- considerar alteranativas se não houver melhoria após 4 a 8 semanas de tratamento.
- Para formas mais extensas ou graves da doença, os tratamentos podem incluir terapêutica oral (Isotretinoína 0.5 mg/kg/dia, 3 a 4 meses; Dapsona 100 mg/dia, até 4 meses) ou fototerapia.